A tensão volta às Bolsas antes dos tumultos na China

A tensão volta às Bolsas antes dos tumultos na China

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O Ibex-35 interrompe sua sequência de alta com quedas que afastam a seletiva dos 8.400 pontos

A onda de alta acabou. Depois de seis sessões consecutivas de altas, o Ibex-35 perde perto de 1% e se afasta dos 8.400 pontos que havia conseguido recuperar na semana passada, em dia marcado por tumultos contra restrições na China devido a novos casos de coronavírus.

Os investidores temem que a rígida política de ‘Covid zero’ do gigante asiático acabe cobrando um preço alto da demanda global e ajude a desacelerar a recuperação econômica. Como explicam os analistas da Link Securities, os protestos em várias cidades chinesas contra a política do governo geraram “confusão” nos mercados.

«O principal problema é que os investidores não sabem como podem afetar, não sabem qual será a resposta das autoridades e, como o dinheiro é temeroso, até que a situação seja esclarecida, o mercado adotará uma atitude prudente, o que implicará a redução de posições nos ativos de maior risco e, provavelmente, aposta nos mais defensivos”, indicam os especialistas em sua análise diária.

Neste cenário, apenas três ações registraram alta no Ibex no meio da sessão: Rovi (+1,18%), Grifols (+0,92%) e Banco Sabadell (+0,30%). As restantes apresentaram quedas, com destaque para a Mapfre (-4,41%), cujas ações foram hoje negociadas sem direito a receber o dividendo de 0,06 euros que será distribuído na quarta-feira. Atrás ficaram Fluidra (-2,79%), Solaria (-2,50%), Repsol (-2,15%), Red Eléctrica (-2,06%), Acciona (-1,65%) e Naturgy (-1,50%).

Justamente, o preço do petróleo também é mais uma vez afetado pelo temor de uma queda na demanda global devido ao temor de uma nova desaceleração da economia chinesa. O barril de Brent, referência na Europa, caiu mais de 3,5% a meio da sessão, colocando em risco 81 dólares, enquanto o norte-americano West Texas cai abaixo dos 74 dólares.

Será preciso aguardar o andamento das sessões para verificar uma tendência mais definida no mercado, que já enfrenta a reta final do ano, em que parece que os investidores tentarão reduzir as perdas acumuladas. Tudo vai depender, mais uma vez, dos bancos centrais, cujos comitês de política monetária se reunirão em meados de dezembro para anunciar a última decisão de juros do ano.

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