Entre os afetados pela queda da empresa ‘cripto’ estão celebridades como o jogador de futebol americano Tom Brady
A queda da plataforma de criptomoeda FTX deixará para trás um número muito maior de pessoas afetadas do que o inicialmente esperado. A empresa, que confirmou sua falência na última sexta-feira, ampliou a magnitude do abismo dos 100.000 credores inicialmente quantificados. Esta terça-feira reconheceu que o número total de afectados rondaria um milhão de pessoas. Entre eles, celebridades como o astro do futebol americano Tom Brady, ou a tenista Naomi Osaka.
O pedido de falência da empresa implica que os seus gestores terão de tentar, primeiro, uma reestruturação para tentar devolver o dinheiro aos afetados, sejam eles credores ou clientes. Mas o fato de o número ter subido tanto dificulta muito que esse retorno se torne uma realidade. Até porque os depósitos não são garantidos, ao contrário do que acontece com os bancos tradicionais.
De acordo com um documento judicial enviado à administração dos EUA e conhecido na terça-feira, John Ray aparece como o novo CEO da empresa, indicando que após a sua nomeação “ele começou a trabalhar com os consultores da FTX para garantir os ativos de clientes e devedores em todo o mundo.
No momento, os regulamentos de falência nos Estados Unidos exigem, neste tipo de caso, a publicação de quem são os 20 maiores credores da empresa. No entanto, há rumores de que os atuais gerentes da FTX estariam dispostos a tornar pública uma lista maior, dos primeiros 50 afetados.
A empresa entrou com pedido de falência na semana passada, após ser avaliada em US$ 32 bilhões. Os mesmos documentos judiciais atualizados, vistos pela Reuters, alertam que a empresa sofreu um ataque cibernético em 11 de novembro, depois de relatar no sábado que havia visto “transações não autorizadas” em sua plataforma.