A plataforma de empréstimo de criptomoedas BlockFi anunciou na segunda-feira que entrou com pedido de proteção contra falência do Capítulo 11, juntamente com oito de suas subsidiárias, em um tribunal de Nova Jersey (EUA).
O BlockFi é a última vítima desde que o crash do FTX no início deste mês causou grande instabilidade no mercado de criptomoedas.
Em um processo judicial, a BlockFi, com sede em Nova Jersey, disse que deve dinheiro a mais de 100.000 credores. Ele listou a plataforma de criptomoeda FTX como seu segundo maior credor, com US$ 275 milhões devidos em um empréstimo feito no início deste ano.
Mais infecções após FTX
“O pedido de falência da BlockFi é o mais recente de uma série de eventos de contágio pós-FTX e, sem dúvida, continuou as consequências da Celsius/Three Arrows Capital no verão passado.”
“Foi mais um exemplo de gerenciamento de risco desleixado quando os preços estavam subindo, já que o inverno cripto atingiu aqueles que assumiram o maior risco de contraparte e se deixaram expostos”, disse Cono Ryder, analista da Kaiko.
Por seu lado, Monsur Hussain, diretor da Ficht Ratings, declarou assim que a notícia da falência da BlockFi foi divulgada que este capítulo “sublinha os riscos significativos de contágio de ativos associados ao ecossistema criptográfico e, potencialmente, com processos de gestão de risco deficientes”.
Separe o trigo do joio
Além disso, acrescentou, os processos de reestruturação podem ser notoriamente demorados: “Os credores da Mt Gox estão apenas chegando perto de serem pagos oito anos depois que o negócio fracassou.”
Mark Connors, chefe da 3iQ Digital Asset Management, disse que agora “estamos tentando separar o joio do trigo e não acho que muitas pessoas ficaram surpresas com a falência da BlockFi”.
Esta plataforma recebeu um empréstimo de $ 275 milhões da FTX, “provavelmente em interesse próprio para ajudar a manter a Alameda, sua outra empresa superalavancada, à tona. Portanto, a ação de hoje não é tão surpreendente”.
