Repsol e o banco lideram o Ibex para recuperar 8.300 pontos

Repsol e o banco lideram o Ibex para recuperar 8.300 pontos

Seletiva lidera as altas na Europa com alta de 1,6% e volta aos patamares máximos de agosto

Clara Alba

CLEAR ALBA Madri

A Bolsa espanhola encontra novos incentivos para subidas, apesar da incerteza que ainda persiste quanto ao futuro das políticas monetárias e do risco de que as subidas das taxas de juro conduzam a uma recessão.

O Ibex-35 liderou as altas na Europa na terça-feira com uma alta de mais de 1,6%, com o preço da Repsol disparando 6,8% no fechamento após receber uma onda de melhores recomendações dos analistas. Os últimos a acrescentar às boas perspectivas para as ações foram os analistas da RBC Capital Markets, que elevaram a recomendação sobre a empresa de ‘peso’ para ‘sobrepeso’.

Os bancos também estão pressionando aumentos com aumentos de quase 4% para o CaixaBank e de mais de 3% para o Banco Santander. Bankinter (+3,00%) e Sabadell (+2,94%) também se destacaram nas subidas a par de outros valores como a Indra (+3,58%).

Apenas Cellnex (-1,14%), cujas ações negociavam hoje sem direito a receber o próximo dividendo que será pago em 24 de novembro, Meliá (-0,40%), Fluidra (-0,14%), fechou em queda e Colonial (- 0,09%).

No mercado de commodities, o preço do petróleo está recuperando posições após a forte queda de segunda-feira. O barril do tipo Brent, referência na Europa, avançou 0,7% para recuperar 88 dólares, enquanto o norte-americano West Texas movimentou-se acima dos 80 dólares.

Finalmente, a cotação do euro face ao dólar situou-se em 1,0270 ‘greenbacks’, enquanto o prémio de risco espanhol situou-se em 100 pontos base, com os juros exigidos da obrigação a dez anos em 2,967%.

Olhando para as próximas sessões, os analistas recomendam não jogar os sinos na hora. Até porque entre quarta e quinta-feira serão publicadas as atas das últimas reuniões da Fed e do BCE, que darão novas pistas sobre o futuro das políticas monetárias dos dois bancos centrais.

Do departamento de análise do Bankinter recordam que Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e membro do BCE, já declarou na segunda-feira que o próximo aumento das taxas poderá ser inferior aos dois anteriores aumentos recordes de 75 pontos base.

“Os comentários se juntam aos do economista-chefe do BCE, Philip Lane, que na mesma linha apontou que os aumentos das taxas podem muito bem ser menores do que os mais recentes. Com estas mensagens, parece que o BCE está a abrir caminho para uma subida de 50 pontos base na próxima reunião de 14 de dezembro”, indicam os especialistas. Além disso, o consenso do mercado agora espera com 92% de probabilidade que o próximo aumento de juros em dezembro seja de 50 pontos básicos.

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